À minha primeira fonte inspiradora,
impressa na primeira página
de um caderno escolar,
no início da década de 70:
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa
27/11/1930
Extraído do livro "Fernando Pessoa - Obra Poética",
Cia. José Aguilar Editora - Rio de Janeiro, 1972, pág. 164.
_______________________________________________
Que cantinho aconchegante, Maria José! E ainda mais com esse fundo musical! É uma das minhas músicas preferidas!
ResponderExcluirOi, Clécia!!!! Obrigada pela visita e pelo comentário. Volte sempre!
ExcluirOoooi!! Gostei disso aqui, me fez lembrar de quando eu escrevia no blog... o ritmo frenético dessa vida moderna, entre outros motivos, fez com que eu desistisse, mas só guardo boas lembranças daquela época. Saudades do tempo dos blogs...!!!
ResponderExcluirOlá ,Rubén!
ExcluirPela data, quando você postou esse comentário, eu já não estava muito presente aqui.
Tempos depois, quis voltar, mas somente hoje consegui ânimo para fazer a memória funcionar. Que alegria reencontrar meu blog!
Obrigada pelo comentário. Volte sempre!